quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Bolo do contra

É comum por estas bandas os sertanejos sempre comemorarem fatos importantes da vida com bolo e guaraná... eu particularmente adoro!
Mas o fato que irei relatar é mais absoluta falta de sorte misturada a uma comédia, digna de Dante.
Eram moças, concluiam o Ensino Médio. Como eram evangélicas, não participariam do baile de conclusão, puro fanatismo. Daí queriam comemorar com um bolo, grande, enorme, cheio de chocolate e especiarias, um glacê branco com detalhes verdes.
Queriam fazer tudo sozinhas, já tinham 18 anos e se achavam adultas o suficiente para encomendar um bolo, trabalhavam e tinham economia suficiente para encomendar o bendito bolo.
Lá vai elas encomendar o tal bolo: disseram a mulher: um bolo grande, enorme, o maior que a senhora pode fazer, cheio de chocolate e especiarias, com glacê branco com detalhes verdes... mas lembre-se, grande, grande mesmo, pois na Igreja tem muita gente...E a senhora deixe na Igreja às 20:30.
Combinado, foram, se arrumar!
Á noite, a igreja estava lotada, diga-se de passagem que esperavam mais o tal bolo com guaraná do que os supostos agradecimentos a Deus que coitado, não come bolo.
De Repente, a musicista chama:
- Venham ver o bolo:
A mulher era do contra. O bolo estava lá: um bolo pequeno, minúsculo, o menor que ela podia fazer, sem chocolate ou especiarias, glacê preto de 3 dias com detalhes rosa... ridículo.
Lá vai remarcar as comemorações com a Igreja. Que vergonha, que chororô, que desespero, que riso da vergonha alheia...
E o jeito foi entregar o bolo a mulher. Chegaram lá, rodaram a pernambucana, era a primeira vez que fizeram isso, que passaram a maior vergonha entre os irmãozinhos, que estavam acostumadas a comer coisas boas e não lixo, e blá blá, blá...
Deixaram a mulher com o bolo, pegaram os 50 por cento que tinham entregue a foram arrastando a cauda dos vestidos.
Enquanto uma foi chorar, a outra, mais ligth chegou em casa, tirou as sandálias, pediu uma pizza e foi comer...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Paulista de nascimento, Pernambucana de coração...

Nasci na terra que não para
Vivo na terra que para pra respirar
Nasci na terra de homens fortes, que andam freneticamente.
vivo na terra dos cabras machos, que andam tranquilamente.
Nasci na terra da garoa
Vivo no espelho do semi-árido
Nasci na terra que come bolinho de chuva, pizza, cueca-virada, vaca atolada e no domingo, macarronada ou feijoada.
Vivo na terra da rapadura, da pamonha, do munguzá, do bode guizado, da carne de gado assada com macaxeira, carne de sol com feijão de corda e no domingo, aquele arroz mexido com galinha de capoeira.
Nasci na terra que os alguns homens usam terno pra trabalhar
Vivo na terra que alguns homens vestem gibão de couro para seu dia de labuta.
Nasci em São Paulo e vivo em Pernambuco...
Amo esses estados...

Pena que tem as "Mayaras Petrusis" da vida que mancham nossa convivência...
Eu tenho medo...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Acima de tudo... Mulher

"Mulher brasileira em primeiro lugar"
É assim o refrão daquela música que escutava no toca-fitas do fusca azul de painho quando era criança, lembro-me que passava tardes a fio brincando na garagem, sozinha ou acompanhada por minhas melhores amigas de infância, cada uma com letra e adjetivo: K, a madura; E, a sorridente; M, a pobre-coitada; A P, a impaciente; L, a que tinha Síndrome de mentir para estar acima dos outros...
O fato é: crescemos e cada uma tomou sua direção: professora de educação infantil, vendedora de loja, faxineira, vendedora de móveis, advogada... Eu, além de quase professora de ciências exatas e biológicas, tornei jornalista. Todas casaram muito cedo, eu abdiquei do trocar das alianças antes dos 18 anos para "casar" com as letras. Admiro ver as crianças brincando, filhos de minhas amigas, sinto o meu íntimo mexer, num pensar ligeiro vizualizava Laura Sophia, emprestando as bonecas para as amigas assim como eu fazia, com a mesma simplicidade brejeira que construiu meu caráter... coisa e tal...
Bom, voltando a minha outra paixão: foi nas páginas de livros que observava atentamente as mulheres do Brasil, as que contribuiram com a construção de um país mais digno e maior do que sua grandeza continental.
Tantas mulheres, tantas formas de pensar e agir, mas o mesmo objetivo: de ver uma nação, a mãe gentil ter melhores condições de vida para os filhos deste solo. Vários nomes, muitos deles acompanhados pelo nome da mãe do Cristo: A Maria Quitéria, a Anita Garibaldi, a Princesa Isabel, a Olga Benário, a Sarah Kubischeck, a Zilda Arns... são exemplos de mulheres à frente de seu tempo e que deram sua contribuição para o povo brasileiro, fizeram a história acontecer.
Mas o maior fato ocorreu ontem: o Brasil decide de forma soberana que quem governará essa imensidão verde-amarela será uma mulher, não é Maria, Joana. O nome dela é Dilma Vana Rousseff Linhares, uma Joana D'arc da Ditadura Militar, que não fugiu a luta como seu rival na disputa presidencial, pelo contrário, participou da luta armada, foi presa, torturada...
Quem observa aquela fortaleza de 62 anos, tão forte, tão segura não imagina que tenha passado pela brutalidade da época que o Brasil ficara cego, surdo e mudo. Também não imagina que essa mulher durona, opiniosa, seja uma doce mãe que curte sua neta de forma doce, revelando a nossa característica peculiar a nós: o de Amar incondicionalmente.
O pai dos pobres do Século XXI deixa o Brasil nas mãos de uma mulher, a mãe do PAC, a mãe do pré-sal... Que seja nossa protetora cívica, para que possamos ver o nosso Brasil seguir mudando. Lula deixa saudades, de quem está concluindo a faculdade porque ele abriu as portas da universidade para a pobreza graças ao PROUNI.
Sim, aquele senhor que muitas vezes presidia as reuniões da CUT que meu pai ia, que era o motivo das críticas que recebíamos, que se tornou o presidente do Brasil com altos índices de popularidade, que fez o Sol brilhar para o nordestino e pobre que não tinha vez e voz no mundo neoliberal...
Não pude deixar de votar, meu sangue falou mais alto. Vi meu pai na minha frente, com as mãos cheias de graxa da metalúrgica, o cartão da CUT dele que ainda guardo com tanto carinho está na minha carteira, votei 13 e confirmei. Votei na continuação do meu bom velhinho que, agora deixa tudo nas mãos da mulher...
Acima de tudo...
Mulher...

sábado, 30 de outubro de 2010

Retrato falado

Procura-se uma menina-mulher com as seguintes características:
  • Cabelos longos e negros, tão belos como o mais puro ébano, finos como a mais pura seda.
  • Pele morena semi-árida, mas macia como as nuvens que cobrem um dia tranquilo.
  • Olhos castanhos, um topázio reluzente, lapidado, encravado no marfim branco dos olhos. Sobrancelhas delineadas, levemente angulares, como uma boneca de porcelana, cílios longos e negros colocados com uma precisão fina nos olhos marcados de negro, tipicamente árabe.
  • Maçãs do rosto tão róseas, tão cheias de saúde e serenidade.
  • Boca rosada, delineada, mais perfeita do que um camafeu.
  • Jeito sensual de mulher, mas trazendo a inocência de criança...


Segue a foto:


Quem encontrar, favor abracá-la como ninguém a abraçou,

Beije como ninguém a beijou

Ame como ninguém amou...

....




quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Religare: os caminhos, as verdades, as vidas- Introdução

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida"
Essas são as palavras atribuídas a Jesus Cristo no livro de João, no capítulo 14 e versículo 6.
Seguindo tais palavras que foi criado o Cristianismo, religião monoteísta centrada na vida e ensinamentos do Bom Mestre.
há 3 vertentes principais: o Catolicismo Romano, o Catolicismo Ortodoxo e o Protestantismo. Nesse último, divide-se em 3 ramificações e, dentro de cada uma, vários raminhos. Segue-se a divisão e alguns exemplos:
Tradicionais (Batista, Presbiteriana, etc)
Pentecostais (Assembléia de Deus, Deus é Amor, Congregação Cristã no Brasil, etc)
Neo-pentecostais (Universal, Internacional, Mundial, etc)

Dentro desse conjunto de temas, procurarei falar das minhas experiências, pincelando momentos históricos e análises antropológicas e sociais, sobretudo no Catolicismo Romano onde permaneci até os 12 anos, e no protestantismo que pratiquei ativa e porque não dizer fanaticamente até 2006.
Digo fanatismo pois, em 2007 comecei a buscar soluções para resolver meus questionamentos. Consegui compreender com a visão intelectual que a maior das verdades é que não existe verdades absolutas, logo, que há uma satanização de coisas pequenas e que, talvez por não saberem responder aos seus fiéis questões relacionadas a sexualidade humana, costumes, modernização da sociedade, etc... acabam depositando toda a culpabilidade em Satanás.
Descobri que, para muitos evangélicos, o avanço nos estudos corresponde a "afastar da verdade", "ficar confuso na fé". Sinto-me como Eva no paraíso, quando comeu o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, que abriu os olhos e descobriu que estava nua. As leituras me fizeram abrir os olhos, a me fazer descobrir o quanto estava nua em termos de intelecto e cultura.
Longe de mim fazer quaisquer críticas a quem é adepto fiel, seja qual a religião ou demonimação. Ainda frequento a Assembléia de Deus, mas mantenho o meu pensamento firme, pois hoje eu tenho propriedades para argumentar sobre todos os temas, todas as nuances que pintam no meio evangélico.
Espero que, com as minhas explanações possa ao menos, despertar algum interesse na maior lei que está escrita na Bíblia: o do livre-arbitrio.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Conto Vadio

Acordei na madrugada sufocada, a noite gélida que fazia em Tabira contrastava com a minha pele quente, suada. Garganta seca, implorava por algo que matasse a sede, algo mais poderoso do que a água, que pelo menos surtisse aquele efeito que a cerveja da propaganda comercial tanto revela.
Casa escura. Luzes apagadas. Sono profundo.
Trêmula, fui ao banheiro. Abri o chuveiro, deixei aquela água abraçar meu corpo, esfriar minha temperatura. Pela cerâmica branca que revestia o banheiro, refletia a minha beleza escondida, que num ápice do complexo narcisista de ser adorava até meus íntimos defeitos, passei a visualizar meu corpo e colocar virtudes naquilo que detestara: Meus pés tão odiados quando acho AQUELE scarpin e que não encontro meu número, mas que fica tão lindo com uma sandália sensualmente aberta deixando o moreno da minha pele se misturar com o branco do esmalte que tonaliza as unhas; Minhas pernas tão humanas de celulite e alguns vasinhos hereditários, mas que se endeusam quando ponho uma saia leve e que faz poesia quando desfilo faceira pelas ruas de Tabira, pernas de Cláudia Raia (será que ela tem celulite?); Minha barriguinha que nem as maiores abdominais, nem as melhores dietas conseguem vencê-la, mas que mesmo assim tem seu charme natural, até porque não tenho a mínima pretensão de ser fisiculturista...
Peguei o sabonete de rosas e alcaçuz e comecei a vestir minha pele com a espuma cremosa que fizera. Meus seios desnudos, médios, arrebitados ficaram levementemente brancos, minhas aréolas róseas ficaram rijas no toque da água. Que sensação gostosa. Vesti-me novamente do transparente da água, envolvi-me com óleo de amêndoas perfumado. Sequei-me e fui para o meu quarto.
Ao chegar, tive um misto de susto e felicidade: era meu anjo, com um robe de seda vermelho, que estava sentado na minha cama, me esperando para velar a minha noite. Sento-me ao seu lado e tocando suas mãos macias, poéticas, perguntando se era um sonho. Não tive respostas: ele vagarosamente segurou meus cabelos negros pela nuca e me beijou lascivamente. Quis relutar, pois meu quarto não tem porta e... se alguém acordasse? porém, o desejo se tornara maior que o receio. Que lábios macios, que boca deliciosa, que saliva viciante.
Pôs-me em pé e me livrou da toalha que me vestia. Como Vênus de Milo, passou a me venerar, a analisar meu corpo, a envolver seus dedos longos o meu corpo, num movimento semelhante ao do oleiro moldando seu melhor vaso. Encostara levemente seus lábios em minha nuca, o que me provocou arrepios repletos de ânsia, de vontade de estar cada vez mais perto.
Virei-me, o despi e o abracei. Sua pele tão alva e angelical tão próxima da minha, tão morena, tão sertaneja: era o encontro das imperfeições que se tornaram perfeitas. Nossos lábios se reencontraram, com tanta sede, ora furiosa, ora calmaria. Meus seios inocentes pertos de seu tórax levemente peludo, imponente, quente e nossos braços nos abraçavam um ao outro. De repente, parou; olhou fixamente para meus olhos e, erguendo os braços, me pôs em seu colo, olhando-me, vendo-me, devorando-me com sua iris castanha.
Com o cuidado tal qual de quem carrega um fino cristal, deitou-me na cama e olhando fixamente para meus olhos, deslizava suavemente para a fenda escorregadia entre minhas pernas. Lentamente, sentia-me mulher. Estrelas mudavam de lugar no silêncio da noite. A luta recomeçava, e deliciosamente imaginava a cena "sine qua non" da Carne:
"... Depois foi um tempestuar infreme, temulento, de carícias ferozes, em que os corpos de aconchegavam, se fundiam, se unificavam; em que a carne entrava pela carne, em que frêmito respondia a frêmito, beijo a beijo, dentada a dentada (...) escapavam-se pequenos gritos sufocados, ganidos de gozo, por entre os estos curtos das respirações cansadas, ofegantes..."
Depois, o silêncio. Depois de ter visto cometas, a penumbra. Meu anjo sorrindo, suado, ofegante, beijou-me demoradamente.
Acordei na manhã procurando por ele. O sol quente aos poucos esquentava Tabira.
Foi um sonho.
Que pena que foi apenas um sonho que, um dia, há de concretizar...

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: RIBEIRO, Júlio. A Carne. São Paulo. Martin Claret. 2001

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Poesia universitária

Na viagem de terça-feira para Patos, dei o seguinte mote:
"A VIDA VIROU TROCADO
PRA PAGAR COISAS BANAIS"
Na medida que forem me entregando os versos, postarei aqui!

Começando pelo meu amigo Clécio Rimas, estudante do 4º período de jornalismo:
"O tal do capitalismo
Tudo torna em propaganda
e o ser humano desanda
em plena beira do abismo
Na droga, no alcoolismo
desmatando os matagais
traz guerra ao invés de paz
e eu fico decepcionado
A VIDA VIROU TROCADO
PRA PAGAR COISAS BANAIS"

quando terminar as postagens eu coloco a minha contribuição

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sinfonia para a morte


Morrer: A morte (do latim morte), o óbito (do latim obitus) são termos que podem referir-se tanto ao términio da vida de um organismo tanto ao estado desse organismo após o evento...

(portal wikipédia.com)


Sangue pra todo lado, choro, desespero. Único filho de uma senhora, várias irmãs. Mulheres transvestidas do negro cor de luto.

Estava indo para sua casa, localizada na zona rural da cidade, em cima de sua carroça de bois, veículo de tração animal comumente usado por estas bandas, e em cima meio quilo de feijão para alimentar a família por mais uma semana. De repente, três disparos, três sons agudos de balas que atravessaram seu crânio certeiramente. Sentado na carroça, ao poucos definhava, os bois pararam, como que sentindo a dor e a agonia daquele homem. Veio um cara, chamou-o pelo nome e este entregou o seu espírito ao Ser Supremo com um mero suspiro, se entregando a uma suposta sensação de paz e alívio que só os doentes terminais buscam.

Ruídos da sirene da polícia chegam ao hospital, que já está repletos de curiosos loucos para assistir a mais uma peça que a vida dirigiu, o último ato daquela morte e vida severina, na qual o que restava era um pouco de terra bem medida para a pouca carne que sobrava daquele indivíduo.

Sangue pra todo lado... o agudo das balas, a tragédia na vida das pessoas...

Mas ainda não acabou...

Enquanto assistira a sinfonia da morte no hospital, outra sinfonia se preparava na boca da tarde. Era um senhor, depressivo, angustiado, já se sentindo morto pela vida e pelas suas adversidades antes mesmo do final que a todos espera. Não quis dar trabalho para a morte, que já estava ocupada com toda aquela situação da manhã, resolveu fazer tudo sozinho, mas diferente da última tentativa: Não mais iria rasgar a garganta e deixar brotar na pele alva o vermelho do sangue. Não iria mais deixar que se permitisse um festival de escarlate que só o sangue derramado na terra pode fazer. Iria deixar o seu sangue derramar sim, mas por dentro, silenciosamente, calmo como a sinfonia de um violino, suave como uma flauta. Tomou veneno e esperou, quando socorreram, já estava em coma, não dava mais tempo para nada. Ganhou sua guerra contra a vida e, triunfante, conquistava os lauréis de seu prêmio tão esperado para aliviar sua dor interna, aquela que muitos humanos não entendiam. A morte reinava soberana, fielmente soberana, e mais um rosário de choros e lamentações cheios de porquês tomava conta daquele hospital, mais uma vez os curiosos iriam prestigiar, gratuitamente, a trágédia alheia que a vida lhes proporcionara mais uma vez...

domingo, 17 de outubro de 2010

Filmes....

Adoro assistir filmes... Em geral épicos, documentários, romances e comédias.
Elegi os 10 melhores e 10 piores (com comentários infames):

MELHORES:
1. Volver-(Excelentente atuação de Penélope Cruz, e o drama da personagem me fizeram chorar)
2. Kika- (mistura de humor, suspense e romance que só Almodôvar sabe fazer)
3. Os Miseráveis-(Uma Thurman estava linda até na morte)
4. Fale com Ela- (A miscigenação das culturas com romance)
5. Lisbela e o Prisioneiro-(Emoção na cena que a mocinha vai visitar Leléu)
6. Cidade do Silêncio- (Com Sonia Braga no elenco, a história da jornalista ambiciosa que começa a reconhecer sua identidade através de uma série de crimes é fascinante)
7.Meu nome não é Johnny- (Baseado em uma história real, o enredo é massa)
8. Cidade das Mulheres- (Comédia Gostosa do grande Fellini)
9. O baile perfumado- (Histórico, revela imagens reais de Lampião e seu bando com um toque de ritmos pernambucanos)
10. Tropa de Elite-(realidade pura da Polícia Brasileira)

PIORES
1.O Exorcista- (Morro de medo só do nome)
2. Não é mais um besteirol americano- (A mistura de comédia teen com o rock pesado de Marylin Manson ficou no mínimo tosco)
3. Xuxa e o Mistério da feiurinha- (tosco)
4. Samara (odeio filme de terror)
5. American Pie- (a série de filme mostra a futilidade dos jovens, bem como o pai chato, que inclusive pergunto se é o sósia do sr. Laurindo. O único que se salva é "o casamento")
6. Resident Evil- (Ficou bizarro a mistureba entre ficção científica e possível realidade futura)
7. Nosso lar- (tentaram embarcar no sucesso de Chico Xavier, mas não obtiveram êxito)
8. Avatar- (nada de interessante a não ser o 3D)
9. Um amor pra Recordar- (O mocinho morre)
10. Maria mãe do filho de Deus- (o filme até foi legal, mas a atuação de Marcelo Rossi pareceu mais um teatro)

sábado, 16 de outubro de 2010

MP4: democrático mas com qualidade:

Não adianta ser democrático se não tiver qualidade, afinal como diz a frase "meu ouvido não é penico". É democrático pois todos os ritmos estão ali representados, mas tem qualidade quanto o conteúdo ali revelado.
Por isso, estarei colocando aqui o que toca e o que não toca no meu mp4. Dividi em 3 categorias:

O QUE TOCA EM MEU MP4- NACIONAIS
1. Marisa Monte- gentileza (linda), amor i love you, cérebro eletrônico, etc
2. Caetano Veloso- você não me ensinou a te esquecer, todo errado (só porque eu quero alguém que viva 24 horas do meu lado), só vou gostar de quem gosta de mim.
3.Rita Lee- amor e sexo (realidade total), balacobaco, erva venenosa...
4.Chico Buarque- TODAS, mas destaco: cálice. Roberto Carlos- TODAS e destaco: cõncavo e convexo, cavalgada (sensuais sem vulgaridade). Tim Maia- TODAS
5. Luiz Gonzaga, Flávio José, Jorge de Altinho, Paulo Matricó, Limão com Mel, Magníficos (antigas), Mastruz com Leite- TODAS
6.Elis Regina, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Ana Carolina- TODAS
7.Zeca Pagodinho, Demônios da Garoa, Necy Brandão, Almir Guineto, Paulinho da Viola.
8. Luiz Caldas, Cazuza- Algumas
9.Nenhum de Nós, Legião, Ira, Pato Fu, Capital inicial, Titãs - TODAS
10. Rouge- Um anjo veio me falar (o grupo é fraquinho, mas a música é lindaaa)

O QUE NÃO TOCA EM MEU MP4-NACIONAIS
1.Aviões do Forró- Todas mas destaco "o amor é como capim, você planta. ele cresce e vem uma vaca e acaba com tudo" e o King Kong: mamãe tá dodoi.
2. Garota Safada: o que esperar de um homem que se denomina "safadão"?
3. É o tchan: Encontre-me uma música que não denigra nem que seja um tiquinho a mulher que te dou um abadá pra o Tabira Elétrico- Juro!
4. Gaiola das Popozudas: o mesmo caso acima, mas o pró é que as mulheres denigrem elas mesmas, se denominando de "cachorras, vadias, p..., e o feminino de rapaz em Portugal"; coisa que digamos 5% da mulherada brasileira não aceita esses termos nem naquela hora (inclusive eu)
5. Restart+NxZero=PURGANTE
6. Latino- Desculpem, mas bundalelê não dá. e nem adianta furar o olho.
7. Calipso- ou melhor: Apocalipso: com aqueles gritinhos.
8. Netinho de Paula: não tolero homem que bate em mulher.
9. Dado Dolabela: O mesmo caso acima.
10. Amado Batista: não gosto, é torturante!

O QUE TOCA EM MEU MP4- INTERNACIONAIS
1. Within Temptation
2. Épica
3. Rammstein
4.Sarah Connor
5. No Angels
6. Roxette, Europe, Scorpions, Pink Floyd, Evanescence
7.Elvis Presley, Madonna, George Michael, Michael Jackson, Tina Tuner, Frank Sinatra, Elton Jonh- Todas
8. Beatles, Queen- Todas
9.Laura Pausini- Todas
10.LadyGaga, Amy Winehouse, Ke$ha, Lilly Allen, Beyoncé (algumas-sou humana gente!)

O QUE NÃO TOCA EM MEU MP4- INTERNACIONAIS
1. Justin Bieber
2. Rihanna
3.Mariah Carey (canta bem, mas as músicas me lembram algo muuuuito ruim)
4. Celine Dion (o mesmo motivo da Mariah)
5. Fergie
6.Britney Spears
7. o carinha que namorava a Rihanna e bateu nela.
8.Ozzy Ousborne
9.PSD
10.Trololó Russo

O QUE TOCA EM MEU MP4- GOSPEL
1. Lilia Paz- Minha fé
2.Aline Barros- Recomeçar e sonda-me
3. Sérgio Lopes- o amigo
4.Shirley Carvalhaes- Simplesmente Invencível (lembra tango)
5. Damares- sabor de mel
6.Gerson cardoso- Ninguém te amou assim e refrigério.
7. Fernanda Brum- Eu vou
8. Vitorino Silva- Deus muda situações
9. Debora Miranda- cristãos
10.Cristina mel- Ao amigo distante.

O QUE NÃO TOCA EM MEU MP4-GOSPEL
1. Régis Danese- Entra na minha casa
2.Mattos Nascimento
3.Marcos Antonio
4. Leonor
5.RR Soares (ótimo argumentador, pregador meia-boca e péssimo cantor)
6. Carmem Silva (perdeu a identidade)
7.Robson Monteiro
8.Alice Maciel (ouço só em casa)
9. Pamela
10. Edir Macedo (o mesmo motivo do cunhadão internacional)

Momento Arte Parte I- Música

Uma das coisas que amo é falar sobre o artístico, isso é fato!
Quem me conhece sabe que sou uma profunda admiradora desse mundo chamado artes: cinema, música, teatro, poemas, prosas, culturas, comunicação...
Parafraseando o comercial da McDonalds, eu "amo muito tudo isso!"
Também pudera, nasci na geração 80, herdei de meus pais o gosto por músicas boas: de mainha, o gosto do nordestino forró pé-de-serra, de painho, o samba de raiz que embalava os dias do proletariado paulistano, além do mais, dormia ouvindo música clássica. Fui criança e como tal amei Xuxa e o Balão Mágico fazia tudo ficar divertido e superfantástico, ah! quantas vezes queria embarcar nesse balão!
Vem a adolescência e, com ela os gostos musicais. O novo juntando ao velho: vem o rock pesadão, o romantismo exagerado, o dance dançante e claro, grande influência da música evangélica (que hoje ganhou status no mercado e chama Gospel).
Vem a década de 20 para mim, e com ela a paixão por músicas da décadas de 20 à 50 do século passado. Curtindo as músicas que embalavam a juventude da Laura que imagino eu, tinha cabelos curtos e negros, usava salto, rouge, batom vermelho, roupas cheias de cores e babados, saias que não ultrapassavam o joelho enfim, uma mistura da inocência das vestes com a loucura da época que a mulher começou a galgar seus primeiros passos de destaque no cenário nacional de todas as formas.
A verdade era que a neta tirou do baú imaginário da avó todas as memórias musicais que estavam empoeiradas e as colocou no seu mp4.
Aliás o meu mp4 corre o mundo: a Europa, a Ásia, a África, a Oceania e a América estão representadas de alguma forma. É a união do antigo e do atual, de culturas, raças e religiões, ainda serei mais ousada: Obama, Lula e Ban Ki-moon que me permita falar,
"Mais democrático que meu mp4, nem a ONU!"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Na noite passada eu fui te visitar

Era 2 da manhã.
Tinha terminado meus trabalhos noturnos: Lido um livro sobre cultura popular e feito um resumo dele, costume esse que tenho desde os 10 anos. Tabira dormira profundamente, até mesmo Sansão, meu companheiro de aventuras fonéticas não tinha resistido e acabou caindo exausto em meus pés. Guardei todos os trabalhos feitos na noite, o livro que ficara pintado de amarelo fluorescente. deixei o meu quarto e, como fantasma que flutua sem fazer o mínimo de barulho, fui até a cozinha, abri a geladeira, peguei a caixinha de leite geladinho e despejei num copo azul enorme. Tomei tudo em questão de segundos. Com o copo na mão e escorada na cadeira preta da cozinha, passei a meditar em tudo que tivera ocorrido naquele dia: o trabalho, as vendas de mamãe, o apelo emocional que meu irmão faz toda vez que quer algo de sua irmãe... Mas a principal cena do dia estava guardada para mim à noite, precisamente ao final dela: os olhares, a cor, a voz preciosa do anjo cujo argumentos me fascinam cada dia. Sorri, senti-me iluminada, radiante. Dirigi-me ao quarto com aquele olhar marcado em minha mente e aquela voz tão calma e gostosa em meu ouvido. Adormeci.
Comecei a visualizar um corredor, cautelosa, andei vagarosamente sobre ele. Me deparei com uma porta de madeira entreaberta. A medida que abria a porta, a escuridão era expulsa e dava passagem para a luz do corredor. Entre livros e a televisão ainda ligada, o perfume inebriante daquele lugar me confirmava que estava no território, do meu anjo. Olho para esquerda e vejo o anjo: de vermelho, dormindo profundamente. O fantasma que há em mim novamente flutua, levando-me mais para perto. Temo acordá-lo. Sento-me ao seu lado e começo a tocar levemente seus cabelos cor de prata, seu perfume deixa-me cada vez mais à vontade, me convida a deitar-me ao seu lado e não mais sair dele.
Talvez ele despertaria e, assustado, perguntaria o que eu estava fazendo em seu quarto. Talvez agiria tal qual o personagem principal do meu romance de cabeceira. Talvez nem me visse, pois aquilo era apenas projeção da minha cabeça cheia de sonhos, desejos, metas e realizações. Resolvi deixá-lo antes que o dia amanhecesse. Beijei sua testa demoradamente, cobri ele com o edredon assim como as mães fazem com os filhos pequenos e caminhei cuidadosamente até a porta, que fechei vagarosamente. Caminhei até a extremidade do corredor, onde ao longe já visualizava a minha cama forrada com uma colcha vinho de cetim, e chegando até ela, adormeci ou pelo menos, dei continuidade ao sonho.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Momento melancolia

Às vezes,
A vida é difícil
é como escalar
um edifício...

Às vezes,
ninguém te compreende
é como não ter
uma mão que se estende

Às vezes,
o amor é doloroso
é como tirar
do corpo, o vistoso

Às vezes
as amizades se esvaem
é como os dentes
que o dentista subtraem

Às vezes
se pensa em sumir
é como voar
sem ter pra onde ir

Mas o amanhã vem
a vida fica melhor
aí você consegue
encarar tudo só

Mas o amanhã vem
as pessoas te entendem
aí você consegue
ver a mão que se estende

Mas o amanhã vem
o amor fica saboroso
aí você degusta
um chocolate gostoso

Mas o amanhã vem
os amigos aparecem
aí você seleciona:
só os fiéis permanecem

Mas o amanhã vem
sumir não é mais necessário
aí você percebe
o valor de um abraço.

às vezes é necessário entedermos que o amanhã sempre vem!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Modelos de roupas anos 70- fique à vontade!


Descomplica aê- Aula da Saudade jornalismo 2010.2 FIP








Olá pessoas!

Estou aqui mais uma vez descomplicando a nossas vidas... E hoje de uma forma bem especial: Após 4 anos de amores e ódios na facul, estamos concluindo o Curso de Jornalismo!

Ah eu amo a Turma!!!
Como vou sentir saudades de todas as coisas toscas, loucas, tresloucadas, inteligentes, belas, nostálgicas que fizemos. As noites que passei no calor de Duck City para fazer nossos trabalhos, e por aí vai...

Mas o momento não é de tristeza, sim de alegria (afinal falta 60 dias para sermos jornalistas de fato e direito), e de correria pra dar conta do TCC.

O fato é: bateram o martelo sobre a Aula da Saudade. E o tema escolhido pela Turma "Éramos 55, hoje somos 18" foi: Dancing Days, claro, porque nossa festa vale tudooooo!

Mas vamos descomplicar por partes:

I- Que é Dancing Days?

Foi uma novela brasileira exibida na Rede Globo entre 1978 e 1979, escrita por Gilberto Braga e dirigida por Daniel Filho.

Tá aí a abertura da novela (direto do youtube):




Tá ok, é produto da Globo. Mas e a moda?

Psicodelismo, Black Power, paz e amor: essas eram as principais frases ou tags da moda setentista. Misturava o básico americano do jeans e camiseta com o exótico das culturas mundiais. Os Hippies (tá ligado!), foram os principais ícones da moda setentista que, nos dois últimos anos, foi impulsionada pela cor e brilho da era disco (Embalos de Sábado à noite?), dando passagem para a era 80 (minha era e era de um bando de colega meu da facul, heheheheh).

Firmeza Mano, e o que eu visto, ladyrafa?

A moda deixa de ser formal: As roupas ganham ares psicodélicos inspirados dos ídolos musicais da época (Jimmy Hendrix e Janis Joplin, sacas). Mas como agente é do tempo de Cazuza, Xuxa e a Turma do Balão Mágico, segue aí algumas informações:


  • Calças boca de sino enormes.

  • Tachinhas, bordados, brilhos

  • Camurças com Franjas

  • Muita cor

  • A teoria do nada a ver: todas as cores juntas e misturadas

  • Colares de contas, miçangas, penduricalhos, penas.

  • saias Longas (adoro), túnicas, estilos ciganos e indianos (mistura de La Gitana com arê baba!)

  • Muita cintura baixa (não dá pra quem tem barriguinha saliente)

  • sapatos, cores, botas, cores, plataforma e... mais cores.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Política.

É sempre assim:
A cada 2 anos, vamos lá nós contribuir com a democracia nacional: menino e idoso, rico e pobre, esperando a abertura da sessão, momento este um dos únicos onde observamos as pessoas no patamar de igualdade (o segundo momento é no cemitério, mas vamos deixar a reflexão pós-mortem para Brás Cubas). Todos com sua filinha na mão, doidos para mostrar o dedo cidadão.
Como uma parte de brasileiros, fui convocada para trabalhar durante as eleições, numa seção na minha terrinha chamada Tabira, tão pobre em finanças mas tão rica em cultura e afeto.É nesses momentos que fico observando as pessoas: o jeito de falar, de andar, de vestir e de cheirar. Rumores imprescindíveis para quem quer se tornar uma jornalista-antropóloga? talvez.
Após uma boa noite de sono aliados aos sons de carros que insistentemente passavam na minha rua (a cada dois anos isso acontece), acordei, me "aprifilei", e fui para a Seção.
Quando cheguei, já tinha um senhor, aparentando uns 75 anos, todo feliz com seu adesivo, diria que um homem propaganda. Sorri carismática e desejei um bom dia, e entrei para dentro da Seção.
Cheguei na Seção, começamos a arrumar a urna, etc. E esperamos dar 8 horas pra começar os trabalhos. Enquanto meus colegas de trabalho dominical falava sobre assuntos interessantes para 90% da população e extremamente fúteis para 10% da mesma (inclusive eu), eu comecei a prosear com os da fila. Mansinha, voz calma, carinhosa com todos, comecei com um "dormiram bem?" Aí o vozinho de 75 anos se vira e diz:
- Moça, estou aqui desde as 3 da manhã, não vejo a hora de votar no meu partido e ver a comemoração do resultado...
Como pode-pensei comigo mesma- um senhor de idade avançada, sem ninguém acompanhando, certamente com dores ósseas e limitações concernentes a idade, estar numa fila desde 3 horas da manhã para escolher seus candidatos. Que paixão é essa que leva as pessoas se matarem por um partido político, ou por qualquer ideologia de fundo sócio-comunista?
Minha cabeça se tornou uma pauta ambulante, e como toda pauta, repleta de perguntas...
Soluções para elas, só o tempo e a boa ação dos eleitos irá responder.
A política é assim: uma constante sabatina, na qual todos nós somos jornalistas, e ao mesmo tempo entrevistados.

Recomeço

Olá pessoas!
Depois de 3 anos, estou reativando meu blog...
Juro que vou começar a postar coisas bem interessantes, de forma descomplicada.
Até porque, vivemos numa sociedade onde o tempo vale mais que ouro, por isso, não podemos perder esses minutos-metais com questões que te leve à futilidade...
Mas, quero te levar a refletir em poucas palavras sobre indagações que afligem a humanidade (tenho experiência, até porque existe ser mais complexo que mulher?), portanto, vamos falar desde os sabores do amor até as atrocidades da política nacional. Falar de antropologia, metodologia, sociologia, e outras "gias" necessárias para nossa convivência com a sociedade de forma fácil, coerente, como o blog fala...
Descomplica!!!!!